segunda-feira, 18 de março de 2013

Relacionamento Familiar

Texto: Romanos 8. 28 - 29

INTRODUÇÃO

A convivência familiar nos coloca nas circunstâncias ideais para nosso aperfeiçoamento. É na família que se forma o nosso caráter. Nela aprendemos a praticar o amor, a humildade, a paciência, a bondade e a mansidão. Também aprendemos responsabilidade, disciplina, sujeição, serviço, respeito e tolerância. 

Assim como aprendemos a perdoar, confessar, suportar, negar a nós mesmos, exercer autoridade com amor, corrigir com graça, sofrer, orar e confiar em Deus. 
O lar é a escola de formação tanto para os pais quanto para os filhos. Deus vai utilizar a convivência familiar, mais do que qualquer outra coisa, para transformar o nosso caráter à semelhança de Jesus Cristo. (Rm 8.28 - 29).

Deus é criador da família. Ele é o dono da família. 


A família existe para Ele (Rm 11.36). Ele tem um propósito para a família. Por que Deus instituiu o casamento?  Porque Deus tem um propósito eterno. A família existe para cooperar com o propósito de Deus: ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. (Rm 8.28,29)
Iº - OBJETIVOS

1.     Transmitir o conselho de Deus sobre a família, para que se possa vivê-lo e ensiná-lo a outros.


2.     Ensinar e proteger nossas esposas, maridos e filhos dos ataques de satanás e da corrente mundana que destrói as famílias.


3.     Edificar a Igreja com base em famílias sólidas. Se as famílias são santas e sólidas, a igreja é santa e sólida.


4.  Preparar famílias para serem exemplo para a sociedade. (Mt 5.13,14)

IIº - RECURSOS QUE TEMOS PARA A RECONSTRUÇÃO DA FAMÍLIA

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1)

1.     Temos instruções claras e completas na Palavra de Deus. (Sl 19.7-9)


2.     Temos o poder do Espírito Santo. (Gl 5.22-23)


3.     Temos a valiosa ajuda de Cristo. Existem muitos irmãos no corpo de Cristo, maduros e com famílias bem formadas que são exemplo, e podem aconselhar e orientar a outros. (Mt 28.20; Ef 4.15; 16.5)

IIIº - QUAL É A NOSSA ESPERANÇA E FÉ PARA AS FAMÍLIAS DA IGREJA ?

Esperamos ter famílias que vivam a realidade do reino de Deus. Lares que o agradem. Cremos que ele nos aperfeiçoará até sermos:

1.     Um povo formado por famílias sólidas e estáveis.


2.     Solteiros que mantenham sua santidade.


3.     Casais que convivam em harmonia e fidelidade.


4.     Filhos obedientes e que respeitem seus pais.


5.     Esposas submissas, maridos amorosos e responsáveis.


6.     Um povo que saiba trabalhar, estudar, progredir, casar, criar filhos, cuidar de suas casas com disciplina e ordem.


7.     Um povo de discípulos diligentes, responsáveis, generosos e que saibam servir.


8.     Um povo formado por famílias sadias e felizes, onde haja amor, paz e alegria.

IVº - O CASAMENTO

1- CASAMENTO FOI INSTITUÍDO POR DEUS

“Por isso deixará o homem a seu pai e sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne. De modo que já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus uniu não separe o homem.” (Mc 10.7-9)

2- O FUNDAMENTO DO CASAMENTO  

A Base do Casamento é o AMOR CRISTÃO e a (*)VONTADE COMPROMETIDA PELO PACTO MÚTUO, não o Amor Sentimental.

a)- O AMOR SENTIMENTAL - Em nossos dias, existe o conceito generalizado de que o amor sentimental é a base do casamento, por causa do romantismo e do erotismo na literatura, cinema e televisão. Certamente que o sentimental é um ingrediente importante do casamento, mas não é a sua base. Deus não poderia estabelecer algo tão importante sobre uma base tão instável como os sentimentos. Diversas razões podem modificar nossos sentimentos: problemas de convivência, mal trato, falta de caráter do conjugue, o surgimento de alguém mais interessante, etc. Depois de algum tempo, muitos casamentos chegam a esta triste conclusão: “Não nos amamos mais. Devemos nos separar.”

b) - O AMOR CRISTÃO - O mandamento do Senhor é claro sobre o amor: “ Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; ASSIM COMO eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto, conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns com os outros.”(Jo 13.34,35)

A resposta é entregar-se à Deus... Vários casamentos hoje estão salvos pelo entendimento de algumas pessoas que receberam o Senhorio de Jesus Cristo, buscando serem identificados por todos como discípulos do Mestre, têm oferecido à Deus suas vidas como ofertas e sacrifício em aroma suave pelos seus cônjuges.


c) VONTADE COMPROMETIDA PELO PACTO MÚTUO - Quando um homem e uma mulher se casam, fazem um pacto, uma aliança. Comprometem a sua vontade para viverem unidos até que a morte os separe. Deus os responsabiliza pela decisão. Nem sempre podemos controlar os nossos sentimentos, mas a nossa vontade, sim. Quando os sentimentos “balançarem”, o casamento se manterá firme pela fidelidade ao pacto matrimonial. Cristo é o nosso Senhor e nossa vontade está sujeita a dele. Desta maneira, ainda que atravessemos momentos difíceis, a unidade matrimonial não estará em perigo.

3 - O CASAMENTO É SAGRADO E DEVE DURAR ENQUANTO VIVEM OS CÔNJUGES.

Para os casados da Igreja existe uma Palavra específica sobre o assunto: “aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor... Aos mais (Casados também com cônjuges incrédulos) digo eu... (Paulo). EM SUMA: A REGRA GERAL É QUE NÃO SE SEPAREM OS CÔNJUGES... ENQUANTO VIVEREM ESTEJAM UNIDOS PELO LAÇO DO MATRIMÔNIO. 

4 - SIGNIFICADO E RESPONSABILIDADES DO CABEÇA


Ser cabeça significa assumir a responsabilidade geral da família. Ele deve buscar, com a ajuda de sua esposa, que a família se encaminhe para o propósito de Deus. O homem é responsável por:

GOVERNAR O LAR - (1 Tm 3.4,12). Governar com graça e amor. Ser o representante de Jesus para a família. Expressar o caráter de Cristo com sua conduta. Não usar de sua autoridade para impor sobre a família os seus próprios caprichos. (Mc 10.43)

Vº - GOVERNAR O LAR É...

1.     Trabalhar para prover o sustento familiar (Gn 3.19; 1 Ts 4.11,12; 1 Tm 5.8).


2.     Amparar, cuidar e proteger a família (Ef 5.29). Solucionar todas as dificuldades que surjam, com a ajuda do Senhor. Guiar a família a uma convivência amorosa e feliz, onde todos possam se desenvolver física, mental e espiritualmente.


3.     Ser sacerdote para a família (Gn 18.19). Ensinar a Palavra de Deus, instruir, animar, edificar, repreender e corrigir. Ensinar principalmente com o exemplo. Interceder diante de Deus pelo lar.


4.     Assumir a responsabilidade principal na disciplina dos filhos (1 Sm 3.12-13; Hb 12.7-9).


5.     Ter o papel principal na formação dos filhos homens. Especificamente depois dos 8 ou 10 anos. Afirmar os valores de sua masculinidade. Ensinar-lhes habilidades e trabalhos manuais. Iniciá-los nos negócios. Dar educação sexual, etc.


6.     Alimentar e sustentar o corpo, a alma e espírito da sua  família e principalmente da sua esposa (Ef 5.29).


7.     Estabelecer a presença de Jesus na família (1 Co 11.3). Assim como Cristo é a imagem de Deus, o homem deve ser a imagem da presença de Jesus no lar. 


8.     Estabelecer o governo de Cristo. O homem não é o cabeça do lar, mas sim Cristo - o homem é o cabeça da mulher. Portanto deve estabelecer a autoridade de Cristo e não a sua.

5 - SIGNIFICADO E RESPONSABILIDADE DA AJUDADORA IDÔNEA

Deus concedeu ao homem um complemento inteligente e eficaz. Sozinho o homem é incompleto para cumprir o propósito de Deus na família. A mulher deve usar sua inteligência, capacidade e experiência buscando um objetivo comum com o marido. Ser unida e solidária a ele, sem atitudes independentes.

Ela deve reconhecer que o marido tem a autoridade principal. Não competir com ele, mas sim complementar-lhe. Precisa entender que o marido necessita ser ajudado em sua sensibilidade. Precisa de ânimo, compreensão, sorriso, aprovação e cooperação em tudo quanto faz.
 

VIº - A MULHER É RESPONSÁVEL POR:

1.     Se ocupar mais na criação dos filhos (1 Tm 2.15; 5.14). Ser mãe é a sua maior missão.


2.     Atender a família e cuidar da alimentação (Pv 31.21-22). 


3.     Cuidar do vestuário (Pv 31.21-22).


4.     Cuidar da casa (Tt 2.5).


5.     Ajudar com a carga financeira (Pv 31.16-18,24). Isto, na medida que seja necessário e possível, evitando ao máximo sair do lar.


6.     Cuidar da formação integral das filhas. Ensinar-lhes sobre: educação sexual, modos, comportamento social, tarefas domésticas, habilidades manuais, conduta frente ao sexo oposto e, principalmente, a serem femininas.


7.     Ensinar as sagradas escrituras aos filhos (2 Tm 1.5; 3.14-15).


8.     Instruir as mulheres jovens como desempenharem seu papel de esposa e mãe (Tt 2.3-5).

VIIº - ATITUDES ERRADAS DA MULHER
1-TOMAR O LUGAR DO MARIDO. Algumas mulheres querem a liderança da família e anulam o marido. Querem dirigir tudo, ter sempre a última palavra. Não dão valor a opinião do marido. A mulher não foi feita por Deus para levar esta carga. Assim ela arruina o marido e quebra a ordem de Deus. Também sobrecarrega a si mesma. Fica alterada, nervosa e não conhece o descanso da sujeição. Tudo isto produz uma família infeliz e filhos criados com mal exemplo, que vão repetir os mesmos erros quando tiverem seus próprios lares.

2-SER INDEPENDENTE DO MARIDO. Algumas buscam independência pessoal. Tem seus próprios objetivos, suas próprias amizades, seu próprio dinheiro. Buscam sua própria realização e dão prioridade a sua profissão. Não compartilham certas áreas de sua vida fazendo seus próprios programas.
 

VIIIº - COMUNICAÇÃO

Homem e mulher são diferentes em muitas coisas, e por isso se completam. Não devemos ignorar as diferenças, nem competir, mais admirar a graça, o encanto e a capacidade que Deus deu à mulher, e a visão, fortaleza e atitude que deu ao homem.

Uma comunicação para ser boa tem de ser cultivada, procurando por exemplo:
 

IXº - ENTENDER O OUTRO;

1.     ACEITAR o cônjuge como ele é, com alegria - quanto mais amarmos uma pessoa, maior é o nosso desejo de sermos aceitos por ela.
   
2.     DIALOGAR, escolhendo o momento em que ambos os cônjuges possam realmente participar, conversar.


3.     APRESENTAR COM MUITO TACTO, SABEDORIA E PRINCIPALMENTE COM AMOR ALGO QUE POSSA CRIAR DISCÓRDIA - evitar situações de conflito, mesmo quando são detectados pontos fracos no cônjuge, pois o maior interesse é manter um bom relacionamento, já que defeitos todos têm e ninguém pode julgar-se mestre, isento de culpas.


4.     FALAR A VERDADE EM AMOR - expor a opinião com carinho, falando de maneira simples e sincera, pois de outra forma pode ferir e gerar mágoas e ressentimentos, o que nunca ajuda um casamento.


5.     NÃO DISCUTIR E NÃO SE DEFENDER - é preciso aprender a reprimir o impulso de continuamente impor a sua decisão.


6.     PERMITIR A REAÇÃO DO OUTRO - é preciso deixar que o outro exponha o seu ponto de vista perante um ponto de discórdia, mesmo que seja errado ou diferente - é preciso tempo para convencer, deixar a semente que lançou com amor germinar.


7.     ORAR PELO PROBLEMA - a oração é o grande recurso do crente; uma família que ora pelos seus problemas e divergências consegue debatê-los com  mais calma e numa atitude de humildade porque dobram os joelhos diante de Deus.


8.     ENTREGAR A QUESTÃO A DEUS SIGNIFICA DEIXAR DEUS OPERAR - depois de se expor a opinião em relação a um determinado problema, deve-se entregá-lo a Deus numa postura de fé, e por tal, evitar sempre a acusar ou a discutir com o cônjuge; temos um pai celestial a quem devemos entregar os nossos desejos e necessidades; Deus alcança aqueles que lhe entregam sua vida e seus problemas.

CONCLUI-SE QUE NÃO EXISTE ASSUNTO QUE UM CASAL NAO POSSA DEBATER, TODAVIA DEVE SER FEITO COM AMOR E SINCERIDADE. EM SEGUIDA, ENTREGAR O PROBLEMA A DEUS PARA ESPERAR AS MODIFICAÇÕES NECESSÁRIAS.

QUEM AMA VERDADEIRAMENTE NÃO DESEJA OFENDER OU MAGOAR, MAS SE O FAZE É OCASIONALMENTE E LOGO SE HUMILHA AO SEU SENHOR E AO SEU CÔNJUGE, PEDINDO PERDÃO.


PENSAMENTO:

“O grau de entendimento entre cônjuges depende da medida do seu amor”


Relacionamento Familiar

Alexandre Sancho
23/10/1998

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